Pois é, meus caros, mesmo eu que já tinha ouvido falar sobre esse detalhe - e acho que fiz questão de esquecer - não tive para onde fugir (e nem queria mesmo, sendo honesto): para entrar no Parque das Delícias de Morro de São Paulo tivemos que pagar!!! O.k., estava tudo até tranqüilo, bem arrumado e não vi muita sujeira, mas - lembre-se - você está pagando por isso e estamos na baixa estação, ou seja, sem a horda de turistas da virada do ano. Vai saber como fica tudo isso no verão...
O engraçado - e isso já é piada velha para quem é da área de Arquitetura e Urbanismo - é que há alguns anos a idéia de cidades se tornarem parques temáticos não era muito mais do que parte do vocabulário irônico/catastrófico daqueles que defendem uma experiência de cidade mais... real. Qual não deve ter sido a surpresa quando a Disney, em 97, inaugura a sua "cidade", Celebration? E não foi para o Mickey e a Minnie nem para turistas, e sim para gente de verdade, como eu e você - ou quase. Mas não é hora para isso, que já virou uma lista bem extensa de bibliografia especializada, vamos a Morro!
O assustador é que logo de cara, desembarcando, a gente se deparou com essa cobrança de R$6,50 e com a defesa na ponta da língua do bilheteiro. De fato, a prefeitura de Cairu sancionou uma lei em dezembro do ano passado autorizando a tal cobrança (aos desavisados: Morro de São Paulo faz parte do Município de Cairu, cuja sede fica numa ilha vizinha, de mesmo nome). Eu não consegui consultar o texto aqui pela Internet, mas o Centro de Informação ao Turista (com sua inspiradíssima sigla CIT-TUR) faz toda a argumentação, que vem como esperado: eles não conseguem receita suficiente - nem mesmo com todos os bares, restaurantes, pousadas e resorts - e adotam a cobrança para o "planejamento, desenvolvimento e manutenção" das atividades ligadas ao turismo, "gerando benefícios para toda a comunidade", tudo isso sob os olhos da Comissão de Administração Participativa. Mais receita de bolo, impossível!! Bem na verdade, a cobrança funciona de modo muito eficiente na escolha de quem é suficientemente solvível para fazer turismo - e nem falo aqui da eficiência de uma máquina, mas de uma empresa (ave, Vainer!).
O compensador é que, bem... estamos falando de Morro de São Paulo! A paisagem continua linda, as praias não estavam sujas (tirando uma roupa de Barbie - "onde foi parar a boneca?" - aqui, um escorredor de macarrão ali) e eu muito felizmente não vi sequer um banana-boat circulando (explosões internas). E também pela sorte de passar por lá numa baixa estação, com ruas transitáveis, pousadas baratas e vazias e tudo mais, a estadia foi bem agradável.
E - cartada final - eu quero é ver que Disneyland tem um portal como esse aqui embaixo. Aposto os meus cachos!
domingo, 23 de setembro de 2007
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
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