"(...) Lembrou-se de que em adolescente procurara um destino e escolhera cantar. Como parte de sua educação, facilmente lhe arranjaram um bom professor. Mas cantava mal, ela mesma o sabia e seu pai, amante de óperas, fingira não notar que ela cantava mal. Mas houve um momento em que ela começou a chorar. O professor perplexo perguntara-lhe o que tinha.
-É que, é que eu tenho medo de, de, de, de cantar bem...
Mas você canta muito mal, dissera-lhe o professor.
-Também tenho medo de, tenho medo também de cantar muito, muito, muito mais mal ainda. Maaaaal mal demais! (...)"

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Bendita seja Clarice entre os homens.
Foi uma fuga-desabafo. E só. Hora de voltar ao trabalho.